3 de março de 2008

Ar de Portugal

Publicado no "Diário de Notícias" de 15 de Fevereiro de 2008

O "oxigenímetro" inventado pelo leitor José Leonardo da Fonseca (DN 7-2-2008) talvez possa interessar a uma nova empresa a ser criada, segundo vi na Internet. Transcrevo o que li:
"Os portugueses respiram, um acto no qual absorvem o ar que é de todos e poluem o ambiente expelindo constantemente CO2, o dióxido de carbono, que tão graves efeitos causa no buraco de ozono. Na aplicação dos muito justos princípios do “utilizador pagador e “poluidor pagador”, o governo acaba de criar a nova empresa “Ar de Portugal”, para corrigir esse grave erro que é os cidadãos consumirem constantemente o ar que é de todos e poluírem o ambiente com CO2, sem nada pagarem ao estado.
A nova empresa “Ar de Portugal” vai ser constituída, para já, com capitais exclusivamente públicos. Logo que estejam feitos os principais investimentos e se veja que os lucros estão assegurados, a “Ar de Portugal” poderá ser progressivamente privatizada porque, como é sabido, sob a incompetente direcção de gestores nomeados pelo governo, a empresa talvez não seja capaz de pagar ao estado os dois milhões de euros por ano a que ficará obrigada e talvez até tenha de contrair na banca avultados empréstimos para cobrir os enormes prejuízos que são previsíveis e que terão de ser cobertos pelo orçamento do estado, ou seja, com os impostos dos cidadãos.
A concessão é dada por um período de trezentos anos, que poderá ser aumentado até quinhentos anos. Oportunamente o governo decidirá qual dos seus ministros se sacrificará a ser, num futuro próximo, o Presidente da nova empresa “Ar de Portugal”, um cargo cuja remuneração – apenas trinta e duas vezes o ordenado do Presidente de República – é insuficiente para o compensar de tão pesada responsabilidade."

Miguel Mota
Oeiras

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