Publicado no "Notícias Magazine" (“Diário de Notícias” e "Jornal de Notícias") de 29-6-2008
São muito judiciosas as considerações sobre os exames (NM 15-6-2008) e de grande utilidade para os alunos que seguirem as sugestões oferecidas. Penso que vale a pena fazer uns milhares de separatas desse artigo, para distribuir pelas escolas do país, desde a primária ao superior.
Um exame escolar é um acto que tem como objectivo avaliar o nível de conhecimentos dum aluno. Tal como usar um termómetro para medir a temperatura duma pessoa. Para muitos alunos que durante o ano estudaram pouco, pode ser grande preocupação. Mas creio que se está a empolar exageradamente o stress daquilo que deve ser um acto normal na vida do estudante.
Li num outro jornal que muitos professores só preparam os alunos para fazerem exames, o que era considerado perverso. Se o exame está bem elaborado, não há nada de errado nisso porque, se o aluno está "preparado para o exame" é porque sabe a matéria exigível. Também, às vezes, se acusam os exames de apenas medirem a matéria memorizada, sem considerarem a capacidade de raciocínio, tão importante para a vida do cidadão. Se, na aquisição de conhecimentos, a memória é inevitavelmente necessária (e deve ser desenvolvida através de treino), a capacidade de raciocínio é importante e deve ser avaliada. Um exame bem feito, embora tenha perguntas que apenas exigem conhecimentos memorizados, deve ter outras em que isso não basta e exigem raciocínio para encontrar a solução.
Todos estes considerandos devem ser tomados em conta pelos professores encarregados de elaborar exames (e estes nunca devem conter erros) e pelos alunos que vão ser examinados. O artigo no NM ajuda os alunos a enfrentarem essas provas com serenidade, não contribuindo para dar a ideia de que são um papão, inevitavelmente causador de stress. Se um aluno fica em pânico quando tem de fazer um exame, como vai enfrentar os problemas de maior gravidade que lhe vão surgir pela vida fora?
30 de agosto de 2008
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