1 de novembro de 2010

Conceito de democracia

Publicado no Público de 1 de Setembro de 2010

Permitam-me que responda a Vasco Pulido Valente (27-8-2010, "Quem se lembra, muito simplesmente, de perguntar: que erros se fizeram? Quem os fez? Quando? Com que consequências?") indo até um pouco mais longe. Em vez de apenas perguntar, tenho, nos sectores em que é minha obrigação ter alguma competência, identificado e denunciado vários erros (muitos deles, aliás, elementares), as suas consequências e quem os cometeu, indicando o que há a fazer para os corrigir. Sucedeu isso nos sectores da investigação científica, do ensino, especialmente do superior (incluindo Bolonha) e da agricultura. Nalguns casos aqui no "Público". Tem sido bradar no deserto. Vasco Pulido Valente, como a grande maioria dos portugueses, fala repetidamente na nossa "democracia". É espantoso, especialmente para quem viveu anos em Oxford, que não saiba que um sistema em que os cidadãos não se podem candidatar a deputados e onde meia dúzia de pessoa dizem a 8 milhões de eleitores em quem é que eles têm

"licença" de votar (e em lista por ordem fixa!) é ditadura em qualquer parte do mundo. Que bizarro conceito de "democracia" e das inerentes "eleições livres"!

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