Publicado no Linhas de Elvas de 3-2-2011
Os resultados das eleições presidenciais de 23-1-2011 vieram mostrar que é talvez menos difícil do que alguns pensam construir a solução que propus para dar um novo rumo a Portugal. No artigo "Greves, manifs ou voto?" ("Linhas de Elvas" de 4 de Setembro de 2008) lembrei o quase nulo resultado das greves e das manifs para mudar o que está mal. Constata-se a incapacidade dos partidos existentes (os actuais ditadores) para desenvolverem o país e darem um bom nível de vida a todos os portugueses. Mostram só se interessarem pelo poder para beneficiarem os seus barões e alguns amigos, pelo que nada de bom podemos esperar deles. A solução que sugeri, dentro do sistema vigente, é que os portugueses procurem alguns cidadãos competentes e honestos (que acredito ainda existem em Portugal) e os apoiem em grande número, proponham um programa concreto (e não vaga declaração de intenções) para a recuperação e desenvolvimento do país, de forma a começar por dar à grande maioria dos portugueses o que eles perderam durante os últimos seis anos e formem um partido capaz de ganhar as eleições. Aqueles que já passaram pela Assembleia da República e pelo governo e não souberam senão degradar o país (ao mesmo tempo beneficiando uma minoria de privilegiados) ou os que, não tendo passado por esses lugares, nada apresentaram de concreto que dê alguma confiança de servirem, não poderão ser incluídos nesse novo partido.
Um dos sectores desse programa deverá incluir a proposta de alterações da Constituição, a começar pelos Artigos 149º e 151º, na forma que já sugeri, para que os eleitores portugueses possam escolher livremente os seus deputados e o governo, sem estarem limitados à meia dúzia de "listas", feitas ditatorialmente por outras tantas pessoas, que actualmente lhes dão "licença" de escolher.
Muitos me dizem que tal não é possível conseguir. Mas os 12% de Fernando Nobre nas recentes eleições vieram mostrar que talvez seja. Ou, até, que é fácil, se a grande maioria dos portugueses, que não são os fanáticos deste ou daquele partido, acordarem da sua letargia e se mobilizarem e mobilizarem quantos conheçam para encontrar as pessoas certas, apoiarem-nas em grande número e fazer a tão necessária renovação da Assembleia da República e do governo.
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