Publicado no Linhas de Elvas de 11 de Março de 2010
Quando há uma greve contra o governo, ocorre sempre algo estranho em relação aos números da adesão, como sucedeu no dia 4 de Março de 2010. O governo declarou que a greve teve 14% de adesões e os sindicatos disseram que foi de 80%. Se a diferença fosse pequena, não tinha qualquer importância pois estaria, provavelmente, apenas em erro de contagem. Tal discrepância não pode ter essa causa e o pobre cidadão, que não tem forma de saber o número exacto, pensa que só pode ser uma de três hipóteses: ou os números do governo são verdadeiros e os sindicatos estão a mentir; ou os números dos sindicatos são verdadeiros e o governo está a mentir; ou ambos estão errados e os números são outros.
Se algum dos dois deu os números certos, é estranho que não tenha ido mais longe. Se o governo deu o número correcto, devia exigir dos sindicatos a lista nominal dos grevistas para além desse número, para lhes descontar o dia de ordenado que lhes pagou indevidamente. Se os sindicatos deram o número certo, deviam exigir do governo a lista nominal dos que o governo não considera grevistas, para exigirem ao governo o pagamento do seu dia de ordenado. Qual será a razão porque não vemos nenhum deles fazer essa exigência, que certamente envolve muitos milhares de euros?
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